O que Sócrates faria nos tempos de hoje?

Imagine Sócrates caminhando pelas ruas de uma grande metrópole, cercado por pessoas vidradas em seus celulares, consumindo informação na velocidade da luz, mas sem tempo para refletir sobre nada. O que ele faria?

Provavelmente, em vez de questionar os atenienses na praça pública, ele abordaria desconhecidos no Twitter, perguntando: “Você realmente sabe do que está falando?” ou “Se a felicidade está dentro de você, por que precisa de tantas curtidas?”. Ele desafiaria os influenciadores, perguntaria aos políticos se realmente buscam o bem comum e talvez até fosse cancelado por sua insistência irritante em expor contradições.

Sócrates não aceitaria verdades prontas. Ele nos lembraria de algo essencial: pensar por conta própria. Num mundo onde as opiniões vêm mastigadas por algoritmos, o método socrático seria um lembrete necessário de que a sabedoria não está em saber tudo, mas em reconhecer o quanto ainda ignoramos.

E você, se Sócrates te questionasse hoje, estaria pronto para responder?

O que Diógenes faria nos tempos de hoje?

Se Diógenes vivesse hoje, ele seria aquele cara largadão que mora numa van, toma banho no chafariz da praça e olha pra galera estressada no trânsito pensando: “Cês tão malucos, véi?”. Enquanto todo mundo se mata pra pagar boleto, ele abriria um TikTok e mandaria: “Pra que tanta correria se cês vão tudo virar pó mesmo?”.

Ele ia zoar os coaches de produtividade, rir da galera que ostenta no Instagram e provavelmente ia ser expulso de vários lugares por andar pelado em protesto contra a hipocrisia. E quando alguém viesse com papo furado sobre sucesso e status, ele só responderia: “Foda-se, mano. Eu só quero um pão e um lugar pra deitar.”

Diógenes não ia ter paciência pra gente metida a sábia, nem pra influencer vendendo curso de “mindset milionário”. No máximo, ele apareceria nos trending topics depois de entrar em um shopping segurando uma lanterna e gritando: “Procuro um ser humano que não seja um otário!”.

No fim das contas, ele ia continuar provando que a verdadeira liberdade é não precisar de nada – e que a sociedade tá presa num looping de loucura tentando impressionar gente que nem liga pra você. E aí, bora largar tudo e virar mendigo filosófico ou cê ainda tá preso na Matrix?